domingo, 13 de outubro de 2013

vou correr para as nuvens

(07 de maio de 2012)

nenhuma escrita do homem se compara à doce e amarga angústia e paixão escritas no homem!
nenhum grito do homem ecoa tão alto como os seus desvarios que gritam no homem!
nenhuma loucura do homem chega aos pés das quimeras de amor e solidão que enlouquecem no homem!
nenhuma pintura do homem representa fatídicamente o que o prazer ou a explosão da obscessão pintam no homem!
nenhuma alucinação do homem se equivale ao medo, à apreensão e à renascença e fuga de si mesmo que se alucinam no homem!
nenhuma morte do homem é tão dolorosa como a morte da estribeira que morre no homem!
nenhuma leitura abstrai o que o homem escreve, grita, enlouquece, pinta, alucina e morre!

Mas o homem escreve, grita, enlouquece, pinta e alucina, morrendo, vivendo e lendo, enfrentando a morte, a candice e as estruturas que maltratam a liberdade de tua vida, para morrê-la, gritá-la, escrevê-la e sobretudo vivê-la!

Não é necessário escrever, ler ou tentar, na maneira mais poética e sensacional, minuciosamente perfeita nas medidas da inspiração e perfeição, exprimir o que tanto grita, enlouquece, alucina e mata a alma e a razão humana!

É necessário, por sí só, enlouquecer, alucinar e morrer! Mas elogiáveis aqueles que o fazem com maestria, viver e transcrever!

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