domingo, 13 de outubro de 2013

O Devir e o Desvario por uma fraqueza

(14 de março de 2013)

este rebuliço instigante
em tempos nisso de sismos
disso que atravessas ofegante
em seus internos conflitos

teus is sem os teus pingos,
atribui ao alheio e defasado devir
os pontos soltos indevidos,
te escondes e reafirmas ao aduzir:

que o inferno são realmente os outros!
que os loucos dessa infame roda
rogam pragas bem vestidas, mórbidas,
ao teu pranto, imponente, rouco!

e os insolentes cantos desses malditos,
insistes tu em vos atribuir
em aludir que há em teus intrínsecos
as piores designações que possam existir!

coitado, insistes o atormentado,
vibrar calúnias e ódios latejantes!
pulsantes mas embriagados,
entoados por uma fraqueza rastejante;

que se humilha quando te sentes
fraco e triste o suficiente;
mas que outrora ristes como nos carnavais
junto àqueles que vos atraem;

vos atraem, te engana a ti próprio
ou te prendes em tua jaula
teu medo em público, amargo e impróprio
lhe impõe o cerco, amordaçada

amordaçada fazes a tua imagem
carência exata duma ciência fraca;
a ciência exata duma fraca alma
lhe rasga o orgulho, natural, selvagem;

Oh devir maldito!
Oh, desavir imundo!
Que as tralhas escutem o grito,
de um homem que procura conhecer-se a fundo!

Chuva que cai amiúde,
um míope emocional lhe clama,
que sejas desfalecida tua rude
e súbita agonia mundana!

Reclama, reclama!
reclamas a ti próprio,
oh cruel pensante;

Envolto ao véu
de seus semelhantes,
teu drama és nulo,
insignificante!

o que vias como beleza,
hoje tens como certeza
a agonia e a tristeza;

o que sentias retumbante,
hoje sentes ofegante
companhias inquietantes

És um mero perdido!
iludido e tens medo
De amores traídos,
eventuais desesperos...

Então te desesperas!
ansioso, se entrega,
E onde vias precioso
agora é terra que lhe soterra!

E eis que esbraveja,
grita impulsivo;
berra um grito vivo
eu tua voz trêmula, porém sincera:

Entusiastas do Devir,
sois importantes para mim!
Escancarem minhas fraquezas
que é para eu as destruir!

Apaixonado grupo do Devir,
mantenha distância de mim!
Minha preguiça e repugnância


fortalecem o asco que sinto por ti!

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