domingo, 13 de outubro de 2013

em minha belo horizonte - janeiro de 2013

(14 de maio de 2013)


posso perceber a força de um carnaval
assim como a força do tempo de um para o outro
a paixão, o amor, a ilusão, a felicidade teatral
com os corações sutis que foram colados no rosto..
ilusão,
pudera eu entender perfeitamente os compositores
quando estes atribuem ao carnaval essa definição
e posso, pude, entendi, vivi, vi os senhores,
as senhoras, os garotos, as garotas
os amores e as amoras florescendo maravilhas
no carnaval, a paixão estourando serpentinas
no meu quintal
o amor ecoando agonias nos meus dias de pingas, limão e sal..
no carnaval,
meu carnaval, tão voluptuoso, libertino e dramático
choros e sorrisos engasgados eram tossidos da alma
expelidos e excrementados à carne crua, a alma nua
vibra e canta marchinhas de marchinhas de rua
embriagada e tonta a alma menina tinha suas angustias
mas cantava, se emocionava, bradava tuas figuras e gritava hinos contra a moral
contra os costumes conservadores do amor convencional
católico e retrógrado dos ciumes que deveriam ser vencidos e sucumbidos durante e após o carnaval
oh, meu carnaval
não me trates mal, sejais piedoso

dê-me tu de corpo e alma
na forma dos dias
entre quinta e quarta
que dou-me a ti de coração
para receber em troca justa
a cura da minha solidão

dê-me tuas músicas,
tuas marchinhas, teus confetes,
tuas nuances,
noites libertinas que me aquecem

que me clamam o amor em forma de diluvio espontâneo
que me confortam durante alguns dias festejando..


ah o carnaval, venha a mim, se uma dia eu estiver novamente me apaixonando!

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