domingo, 13 de outubro de 2013

a paixão e o romance

(18 de abril de 2012)

Pondero a maravilha das coisas pelo potencial de paixão que elas me dispõe. Essa paixão faz-me sentir profundamente tocado com coisas tão sutis, como a simples percepção da rotina de uma cidade grande, a consciência do que uma chuva representa e até perceber um ser humano pensando e se esforçando para tal.

Algumas coisas, circusntâncias, percepções, atos e pessoas me causam uma paixão repentina tão profunda, que nascem esporádicos romances e me fazem inclusive emocionar com as minhas relações com esses atores. Coisas abomináveis socialmente e que compreendo que no fim das contas são destruidoras da saúde biológica e mental têm possibilidades - digo por que já tiveram - de exercerem um papel em romances meus, de serem elas, ou o climax que as envolve, as minhas paixões mais intensas de determinadas épocas.

Hoje amo a vida e tenho uma paixão delirante pela consciência de estar vivo e do poder que tenho em compreender isso e outras infinitas realidades e histórias; assim como, amanhã, pode me atacar a paixão do romance com a morte, com a amargura, com a tristeza, com o suicídio, que, a propósito, tal romance tem uma faixa considerável de probabilidade de nascer - talvez pelas histórias de conflitos entre dor e amor que foram brilhantemente narrados por outros homens igualmente apaixonados e que se desembocaram nessas situações desconsertantes; mas, hoje, não; por enquanto não; vibro a alma em ter certeza da vida! Vibro os músculos em ter certeza da água gelada de uma cachoeira, ou do mar, ou da que bebo!

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