domingo, 13 de outubro de 2013

mulher livre - uma necessária redundância para descrever Marina

(28 de abril de 2013)

sois a fortaleza que posso sentir
ao ver-te em teu sorrir..
em tua beleza entorto-me,
em tempos incertos que vêm e vão,
quando me espanto me pego amando-te,
enquanto teu encanto me ataca o pulmão;
faz-me perder alguns respiros tranquilos,
quando perco-me em suspiros ávidos,
tornam-me claros uns poucos delírios
por tua fluidez de teus espasmos...

sois puramente bela,
em tua eterna naturalidade,
tão explosiva e tão quieta,
afinca-me atenção a tua liberdade!

Ah, mulher livre!
livre mulher de alma nua...
da liberdade viril,
que me atordoaste há tempos com tua
vivacidade e feminino sutil...

hoje brado-te teus traços!
                                       [que antes me atacavam aos trapos!

amo tuas incontáveis asas,
que voam e planam em teus espaços,
infinito onde tua beleza em rastros
pinta de vinho livre tuas cristais taças!

tua alma,
cosmopolita do amor,
patriota das pátrias inexistentes
entusiasta dos desapegos resistentes
se faz presente nestes rastros
que teus laços deixam por onde passam
e por onde estacionam tua quieta e corpulenta presença...

Ah, tua presença!
que admiro e espero tê-la por duradouros tempos,
tão impávida mesmo em teu desalento,
nociva pela modesta extensa...

Tua riqueza de ser linda e pura,
és ser só tua, criatura soberana;
emancipada de próprias lutas,
refutas se matar por paixões estranhas!

és pura, e por ser tua,
és dura em tuas feições;
por tal, alguns tantos corações,
se amarguram e se perdem em perdidas paixões...

saibam amá-la,
cativá-la e compreendê-la,
corações ansiosos!
teus olhos me anunciam,
denunciam o erro ao lê-la,
corações penosos!

Poderias ter sido deliberado o terror em minhas fugas e redenções por parte de teu louvor de amor-próprio;
mas sei que não serias a própria se te entregastes às minhas bobas e desesperadas entregas de mim.
hoje tenho-te, sem a ter, sem ter-te a mim; hoje amo-te, sem a amar, sem amar-te a mim; hoje compreendo-te, em teu ser, sem que compreenda-te assim; hoje sei de mim, sei de você, sem você saber que sim.

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