domingo, 13 de outubro de 2013

objetivas - da angústia do tempo e espaço

(28 de junho de 2012)


o tempo recusou-me dar explicações,
segue vasto me envolvendo
e sigo baixo respondendo
a mim mesmo
como é tolo ao espaço procurar atalho
ou morada, esconderijo
e afirmo o perigo desse abrigo
é infinito, e o que seria a unidade?
o que seria a limitação?
idade, morte, num vão delírio da sorte
e a sorte? a que destino se atina
existe rotina? e não é rotina
essa perturbação numa alma que transpira vida
que flutua o pensar e o pesar
de viver e tentar entender
o que é ser, o que é estar?
e se está, está onde,
e onde está o fim do horizonte?
é vasto e segue me envolvendo
e me trazendo tormento;
e se é incomensurável,
questiona portanto o porque da medida
aflita um tanto a cabeça tremida,

sente-se instável;

e contrái-se;

até que grita
até queimar a retina
dos olhos dos grandes irmãos;
e outros pensares retraem-se:

prendam-na!
ao sanatório!

e a aflição perpetua como uma máxima voz
o vão espaço-infinito-tempo
majestosamente continua sendo atroz!
se matar
ou se maltratar
e continuar no desespero que aflige;
continuar?
a continuidade, existe?
vasto como o tempo é a tua filha, menina, a doce e inefável sandice
doce loucura..


amarga doçura

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