domingo, 13 de outubro de 2013

te escrever me instiga

(31 de março de 2013)

por que se faz tão forte,
que em estrofes
me reviro tentando
lhe descrever?
por que me pego
desatinando em versos,
que por certo servem
para citar você?

parafrasear algum excerto,
exagerar em alguns sonetos,
para explicar alguns momentos
de euforia de paixão...
remoer inspiração
em te ter numa canção,
numa rima que viria
te amarrar em meu colchão!..

que faria-te de doida,
que me amaria a noite toda,
em toda noite minha,
nossa, nessa rima;
que me agarraria e sacudiria
quando eu me fizesse de todo seu;
esse destino que todo dia
a mim se ofereceu..
sincero, franco, tua ternura
me fizeste agarrar-te como nunca
ou como sempre, mas agora a boa nova
de me entregar à tua prosa..

entreguei, me lancei!
ao tal destino de poder lhe ter
de ser-te, enfim, alguém
que há muito não pude ser!
de acompanhar teus cabelos
crescendo como crescendo nosso nós;
nosso nós dois, ao nosso esmo
ao léu de nosso a sós!
a sós, me perco na vastidão,
do que a sós me apresenta o que és;
oh, rimas minhas que arrastam aos pés,
do vasto certo que é a paixão!

se faz realizado um canto cantado,
como um verso, submerso, escrito,
quando se perde num sublevado delírio,
do amor de algum inspirado;
inspirado, me inspiras,
talvez sem a perfeição nas rimas;
talvez sem a alucinação das lindas
críticas de poesias bem escritas;
talvez sem a emoção de um Vinícius,
ou sem a perfeição do nosso Chico;
mas com certeza, vibrou para tal escrito
um dia um clamor de amor em um menino

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