domingo, 13 de outubro de 2013

se eles procurarem direitinho, vão ver cinzas no meu ninho, vão saber que houve amor...

(02 de agosto de 2013)

ah se você soubesse
que em todo momento me dá
um não sei o quê que cresce
vertiginosamente a me fustigar;

me contorço, fica contido
me inspiro mas não sai;
respiro, fica retido
não vem e também não vai...

engasga, me sinto mudo;
leviano no começo
no desenrolar, me tropeço
pra concluir, me pergunto:

será mesmo que tem gente
que escreve as coisas que sente
em versos que suficientemente
nos fazem emocionar?

de onde vem a junção de amor,
com paixão, verbo, dor,
de alguém que se inspirou
por simplesmente amar?

se um dia eu descobrir,
juro contar-te, lua,
por versos que eu proferir
de uma poesia à sua altura!

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