domingo, 13 de outubro de 2013

a disciplina nos corpos

(16 de maio de 2013)

os mutilados disciplinados,
embotados de domínio,
surgem como monstruosidades
aos batalhões de milhões à luz do Sol.
Se desfazem de vós mesmos
como a solidão entristecedora
perante a presença exuberante da lua,
aos tropeços, temores, medos.
Os desvalidos de domínio
catalizador de corpos-motores
estáticos em seus movimentos
predestinados, se lançam
madrugada a dentro em
busca de uma gota milagrosa
de orvalho-libertador
que eventualmente cairia
das esperanças em nuvens que
teimam não se desmancharem...
Nada de esperança,
nada de novo,
nadam na maldição do
não haver saída
e cai lento o relento desta
maldição surda, silenciosa e muda;
o dia renasce e retoma-se
a rotina assombrada e vigiada,
espalmada e aterrorizada
dos dóceis e piedosos
disciplinados do movimento
admirável-mecânico-natural.
Os corpos dominados
gemem suas ausências.
E o velho mundo se esbanja
em engrenagens.

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