sexta-feira, 13 de setembro de 2013

hey, mr of enlightenment, we need you to dim the lights..

(04 de março de 2010)

A escuridão sempre foi associada à morte, às coisas ruins, malignas, ao medo, temor, ao inimigo de Deus, porventura associado à luz, claridade, ao dia, a pseudo-positividade cristã que fora ostentada, em conjunto com essas outras percepções humanas da escuridão, por toda a história que a Igreja esteve-se presente. Oras, é justamente na escuridão que o ser humano conhece a si mesmo!

É na escuridão que, nada, absolutamente nada, que antes era conhecido e pré-estabelecido como correto, como valor, como conhecimento, é percebido! É na escuridão que seu instinto de humano, um simples animal - todavia capacitado cognitivamente o suficiente para, também, algo tão irônico, se cegar! - flora à tona e lhe retém cada vez mais a ti mesmo, buscando em si, no seu interior, um abrigo de fato confiante, quente e seguro!

É na escuridão que ficastes mais apreensivo, minucioso, cauteloso, consequentemente mais cético e gradativamente desenvolve um raciocino de auto-defesa; é na escuridão, então, que você, ao tentar desenvolver tua auto-defesa, busca veementemente o conhecimento próprio, pois é dele que retira-se a base de suas e somente suas ações, inclusive a auto-defesa!

Oras, é justamente na escuridão que o ser humano conhece a si mesmo! E a Igreja, com sua terrível turma da claridade, em seus mais de mil anos, mantiveram e mantêm-se reprimindo fervorosamente a escuridão, pois, a natureza humana, de fato, não lhes é conveniente! O que lhes é conveniente é justamente a cegueira, cegueira tal que conquistada com demasiada luz, claridade, pseudo-realidade! 

Experimente tomar banho, de madrugada, com as luzes apagadas. É a máxima manifestação do auto-conhecimento, ou mesmo de tê-lo como virtude. Busque a escuridão, o autônomo exercício de conhecimento. A luz, claridade, é para os fracos, para os cognitivos que se subjugaram à sua cognição, deixaram-na dominar-lhes, e julgam, como se fosem donos da razão pura (que nós também não somos e que nós, companheiros da escuridão, não nos julguemos predestinadamente nada que não diz respeito à nós mesmos!), absolutamente todos, eles, e nós! Que julguem e continuem tapados. 



Que nos conheçamos e continuemos no processo de conhecimento, da escuridão!

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